Às margens do Oceano Pacífico, a cidade de Arica fica na região do Atacama no Chile. Com pouco mais de 180.000 habitantes é uma cidade simpática e com uma boa infra-estrutura. No centro onde há muitos restaurantes, barzinhos e comércio em geral fica a Plaza Colón. Lá está a Catedral de San Marcos, construída em 1.876 sob projeto de Gustave Eiffel (sim, o mesmo da Torre Eiffel).
Passamos a noite viajando e chegamos em Tacna às 4h50min da manhã. A noite foi meio tenebrosa: pessoas dormindo no corredor, inclusive mulheres enquanto seus maridos dormiam confortavelmente nas poltronas (?). Levei sacoladas na cabeça, passei calor, as curvas da estrada me jogavam pra um lado e pro outro - pareciam curvas pra fazer o retorno numa via. E pra completar tinha um tio 'borracho' brigando horrores pelo assento que nem era dele.
O ônibus parou na garagem da empresa, aí pegamos um taxi até o terminal terrestre internacional. Lá pegamos um taxi coletivo para ir até Arica no Chile, coletivo mesmo, estávamos em 7 pessoas dentro dele. Pois bem, chegamos na fronteira do Peru e levamos um chá de cadeira, ou melhor, de meio fio até a imigração abrir às 7h (8h do horário chileno).
Passamos a imigração chilena também e chegando em Arica a placa anuncia: "Bem vindos a Arica - cidade da eterna primavera". Fiquei pensando qual a concepção de primavera num lugar seco como aquele e até hoje estou procurando as flores de lá... hehe
Na rodoviária já compramos passagem pra San Pedro de Atacama, porém como o bus só sairia à noite tivemos que passar o dia circulando por lá mesmo. Cargueiras no guarda-volumes e fomos de encontro ao Oceano Pacífico... Dia nublado e oceano sem fim, me lembrou as praias do Paraná. Pegamos um ônibus e fomos até o centro da cidade, bem organizadinha por sinal, gostei. Visitamos a Catedral, passeamos pelo calçadão e almoçamos um strogonoff enquanto matávamos tempo no restaurante.
Depois nada mais... internet, sorvete de manga (hmmm) e os dois sentadinhos na praça planejando as próximas cidades. Como Uyuni ainda estava fechada, ficamos num stress maluco com medo que não desse pra fazer... e o tempo naquela praça não passava. Resolvemos caminhar... me rendi a um lanche do McDonalds, sim, eu fiz isso... precisava comer algo mais 'familiar', entende?
Chegamos de volta à rodoviária e aí o tempo foi o pior inimigo... terrível... já não sabia mais o que fazer, como sentar, pra onde caminhar, olhar, o que pensar... Uma luta psicológica cruel. Fui tomar banho de gato e finalmente às 21h30min saímos. Ufa!
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