domingo, 24 de outubro de 2010

4º Dia (12/08/10) - Tiwanaku

Complexo Arqueológico Tiwanaku

À 72 quilômetros de La Paz, esse sítio arqueológico remonta à história da cultura Tiwanaku, que ocupou o altiplano andino por mais de 3 mil anos e as ruínas ali presentes são o maior exemplo arquitetônico da América do Sul pré-inca. Na visita ao museu você se depara com um grande monolítico, peças cerâmicas, ossos, diversos objetos arqueológicos e até um corpo demonstrando como eram realizados os enterramentos em posição fetal e tudo, porém por toda parte interna do museu não é permitido tirar fotos.

Nosso passeio cultural teve início às 8h30min: o guia nos pegou no hotel e seguimos por 1h30min de viagem até as ruínas. Pelo caminho uma infinidade de pequeninas comunidades isoladas, fiquei imaginando se conseguiria viver num lugar como aquele.

Ao chegar no Complexo Arqueológico de Tiwanaku tivemos explicações sobre essa cultura pré-inca e como não era permitido tirar fotos dentro do museu, os registros ficaram na memória mesmo. Dentre as inúmeras informações passadas, algumas marcam mais e ficam fresquinhas, como o fato de que as crianças dessa civilização eram selecionadas quando muito pequenas: aquelas que começassem a falar e caminhar mais precocemente eram as escolhidas e lhes era aplicada a deformação craniana, onde algumas áreas do crânio eram pressionadas através de faixas de pano. Esse ritual era feito pois acreditavam que então essas pessoas cresceriam com mais neurônios que os demais membros da civilização.


Na sequência visitamos todo o complexo, com as didáticas explicações de nosso guia. Um passeio muito bacana de se fazer, principalmente se você tiver um guia que colabore com sua compreensão daquele espaço. A porta do sol com seu completíssimo calendário, os monolíticos do sábio, as cabeças, os lugares de sacrifício...


O que deixou a desejar mesmo foi o almoço... de entrada uma sopa de quinua (essa tava boazinha), mas de segundo veio uma carne de lhama que foi sofrível. Estava meio crua e aí viva a batata frita ensopada no óleo!

Voltamos à La Paz e aproveitamos para conhecer a Catedral e o Palácio Legislativo na Praça Murillo. O fato tão inusitado quanto estranho que ocorreu nesse trajeto e merece destaque aqui é o pó misterioso jogado no meu primo. Atravessamos a confusa e caótica Av. Mariscal Santa Cruz e ao chegar na calçada do outro lado que estava tão cheia de gente quanto a avenida de carros, alguém no meio da multidão jogou um pó branco em cima do Edu que, de imediato, parou para limpar a blusa, cabeça e cabelo. Percebendo que ele havia se distanciado voltei e vi ele se limpando. No mesmo momento um jovem boliviano parou para auxiliar, perguntou o que havia acontecido, se demonstrou bastante preocupado e nos disse que qualquer problema deveríamos ligar para a polícia, falou os números que poderíamos ligar e tudo mais. Achei a preocupação do boliviano tão estranha quanto o pó jogado. Enfim, roupas limpas continuamos andando e comentando sobre o ocorrido. Como não vimos quem jogou nem deu tempo de reclamar ou coisa parecida. Mas achamos estranho. Até pensamos em feitiço e essas coisas de bruxas já que em La Paz isso é muito comum, mas acabou virando riso o tal 'pó de pirilimpimpim'. Tudo bem até que na volta ao hotel meu primo sente falta da sua câmera fotográfica que estava no bolso (do joelho) da calça. Putz, e agora? Agora a preocupação do rapaz boliviano pareceu fazer mais sentido... Não podemos afirmar com certeza se o pó serviu para distrair a atenção enquanto a câmera era levada rapidamente em meio ao tumulto ou se ele esqueceu em algum lugar e isso tudo não passou de uma incrível coincidência. De qualquer maneira sua Canon novinha estava 'perdida' e não tinhamos muito o que fazer. Então fica aí o aviso: tome muito cuidado com seus pertences ao circular pelas ruas da capital boliviana, não dê bandeira e esteja atento em momentos de aglomeração de pessoas (sempre há, principalmente para atravessar as avenidas).



Na janta optamos por voltar ao Luna para comer coisas mais 'normais' pra nós, já que o almoço tinha sido meio difícil. Fui de omelete mesmo e o Edu foi de creps.

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