domingo, 24 de outubro de 2010

11º Dia (19/08/10) - El Tatio

Gêiseres El Tatio

Os gêiseres ficam a 90 km de San Pedro e a 4.320 metros acima do nível do mar. O vapor ou coluna d'água emerge na superfície através de fissuras na crosta terrestre, alcança uma temperatura de 85ºC e 10 metros de altura. Mas prepare-se para o frio. Muito frio. Pela manhã cedo (horário de atividade dos gêiseres) o local pode chegar a 20ºC negativos, mas depois com a chegada do sol esquenta bastante. O solo de lava vulcânica é recheado de vapores quentes escapando por suas fissuras. Há de todos os tamanhos, intensidades e formatos. Também é possível tomar banho em piscinas naturais de água quente.


Como o melhor horário para apreciar os gêiseres em atividade é entre 6h e 7h da manhã, caímos da cama cedo, a van passou pra nos pegar às 4h da manhã!! Vários brasileiros no mesmo passeio e um frio daqueles. Chegamos na entrada do atrativo às 6h40min e ainda estava escuro. Dentro da van estava muito frio, muito mesmo, mas ao sair da van percebi que lá dentro era um ambiente até aconchegante, rs. O frio lá fora era de -10ºC e eu que estou costumada aos 40ºC de Forno do Iguaçu, sofri um bocado.

Fomos percorrendo a área e descobrindo os espaços... gêiseres, águas borbulhantes, pequenas crateras que lembravam muito vulcões. Em algumas fissuras era até assustador: o buraco assobiava como aquelas chaleiras que apitam quando a água ferve, e como em alguns lugares você pode estar sobre uma 'casca' de rocha - que aparenta solidez mas é muito frágil - a precaução foi manter uma distância prudente dos gêiseres.


Mas como o frio era intenso e os dedos perdiam a sensibilidade rápido, não pensei duas vezes em 'ressuscitar' meus dedinhos no vapor. Já com os pés não tinha muita alternativa, ficaram gelados de doer.


Às 7h30min foi servido um café da manhã na van: sanduíche de presunto e queijo, café e chá quente, tudo pra esquentar o corpinho. E lá vieram as gaivotas andinas nos fazer companhia.


Depois fomos até uma piscina de água termal para um banho quentinho. A água lá chega a 85ºC, mas entrei só até o joelho porque não há um lugar pra se trocar e aí complicaria um pouco tirar o biquini molhado e colocar roupa seca. Além do mais sabia que teríamos outro banho termal em Uyuni. Na volta fizemos uma parada numa comunidade onde é servido, entre outras coisas, espetinho de lhama.

 

Almoço (outra vez) no Casa de Piedra - churrasco a lo pobre de novooooooo. No hostel lavamos umas roupinhas e às 15h saímos para o passeio do Valle de La Luna. A primeira parada é no mirante do Vale da Lua, um grande vale de rochas... bacana.

 

Vale de la Muerte, onde há um grande canyon e diversas pedrinhas empilhadas como oferenda.


Passamos pela rocha Três Marias e nas minas de sal você percorremos até uns túneis num escuro absoluto - cuidado pra não arrancar um pedaço da cabeça. Tive que testar se aquelas paredes eram realmente salgadas: abocanhei um pedacinho. Nosso guia tinha um avô que trabalhava nas minas de sal e nos levou até uma mina de propriedade da família dele, arrancou uns cristais de sal e nos deu de 'regalo'.


Pra fechar o dia de intensas atividades subimos em uma duna, chamada Duna Mayor para esperar o pôr do sol... excelente. Ver as montanhas trocando de cor em volta é 10.


E na finalera do dia chutamos o pau da barraca e nos demos um baita presente de despedida do Atacama: comemos no Restaurante Adobe um salmão M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O!!! Tão grande quanto saboroso, quase não dei conta de comê-lo...

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