Arequipa: Cañon del Colca
A cerca de 5h de Arequipa está o município de Chivay,onde fica o belo Cañon del Colca: um dos maiores do mundo. Chegando a 3.400 metros de profundidade, o vale presenteia os visitantes com várias terraças de cultivo e o rio Colca passeando lá embaixo. É possível fazer o passeio num tour padrão de 2 dias e 1 noite ou então em um dia apenas.
O dia foi (mais uma vez) puxado. Acordamos às 2h, arrumamos tudo, mochilas no depósito do hostal e esperamos a van. Tem sido realmente cansativo: noites frias e mal dormidas, poucas horas de descanso, minha garganta começou a doer e comecei a tossir, mas os lugares que temos conhecido superam quaisquer adversidades. O trecho foi longo até o Canion do Colca. Uma paradinha na cidade de Chivay para o café da manhã e seguimos... No caminho terraças, tumbas e finalmente o esplêndido voo dos condores (não se engane: o condor é um urubu tá), mas é um belo espetáculo.
Na chegada você já vê dois mirantes e uma galera esperando o ar da graça dos bichos. Logo avistamos uns dois condores fazendo o voo por cima de todo mundo. Descemos rapidinho até o mirante inferior onde dava pra ver melhor e esperamos até que lá vieram eles. Eles constróem os ninhos na encosta do vale e a envergadura daquele pássaro realmente impressiona: de 2,70 até 3,3 metros! Aqueles bichanos enormes, pretos com um 'colar' branco plainando sobre nossas cabeças foi muito bacana. E dá-lhe um monte de fotos pra pegá-los no melhor ângulo possível. Aliás por lá muita gente saiu humilhando minha T2i com a mais simplória objetiva 18-55mm, com umas Canon 50D, 7D, 5D, Nikon D5000, D700 e umas objetivas de telefoto e zoom ignorantes de grande (e maravilhosas, fiquei babando).
Enquanto aguardávamos os voos dos condores lá veio o beija-flor: aquele gigante, igual o que eu tinha vista na Ilha do Sol em Copacabana, mas dessa vez ele não escapou: foto nele. Ele deve medir no mínimo uns 20 cm do bico até a cauda.
Pós voo fomos até uma comunidade ondem vendem artesanatos, tem uma igrejinha e aproveitamos para sacar unas fotos com a águia linda que estava por lá.
Então relaxamos o corpinho nas águas termais La Calera. Com 38ºC de temperatura, em alguns pontos da piscina (na saída da água) não dava pra ficar de tão quente. Ahhhh que chato que foi... hahaha.
Almoçamos um prato quase brasileiro: arroz, lentilha (saudade do feijão) e frango. Na volta montanhas, vulcões, alpacas, vicuñas e muita estrada.
Na despedida de Arequipa voltamos ao hostal pra resgatar nossas coisas e aproveitamos pra tomar um banho antes de mais uma noite no ônibus. Fui na farmácia e comprei uns remedinhos pra garganta. Como já estamos na metade da viagem o dindin que levei junto praticamente acabou e por isso comecei a usar o cartão de crédito pra comprar em todos os lugares possíveis pois não tinha a senha para fazer saques. Fui comprar umas lembrancinhas e adivinha? O cartão não passava. Fiquei preocupada, mas o primo emprestou a grana e fomos jantar. Pedi pra passarem o cartão antes de fazermos o pedido e... nada. Aí fiquei desesperada. Putz, sem dinheiro, sem conseguir sacar e agora sem poder usar o crédito??? Tentei de diversas maneiras entrar em contato com a Visa, mas as ligações não completavam. Mandei um e-mail desesperada pro gerente da minha conta pedindo socorro.
Sem muita alternativa, fomos jantar em outro lugar: no Manolo, um lanche rápido e corremos pro terminal rodoviário. Chegamos afobados e saí procurando onde estava o bus do Cruz del Sur, fui pedir informação no guichê e me senti no próprio aeroporto: você deve fazer o 'check-in' primeiro, aí despacha suas bagagens grandes, sua bagagem de mão é passada no raio-x (e vc também) e então você aguarda na 'sala de embarque'. Já viu isso? Só em aeroporto. E agora lá: em Arequipa. Tem noção?? Um show. Amei. E pra ajudar o ônibus também era muito bom, confortável e acredite: com janta. Um lanche foi servido à noite para viajarmos tranquilos. Ahhhhh que luxo pra essa vida mochileira! Taí a recomendação: viaje de Cruz del Sur!!!! Não confunda com Cruz del Norte que é uma porcaria.
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