domingo, 24 de outubro de 2010

25º Dia (02/09/10) - Cusco - City Tour

City Tour em Cusco

O City Tour é um passeio bem bacana de fazer, mas é tão corrido quanto legal. Pensa na corrida maluca. Pensou? Faz vezes 2. Esse é o City Tour. Você passa por Qoricancha, Saqsayhuaman, Q'enqo, Pukapukara e Tambomachay. Entendeu? hehe. Todos os lugares são de valor histórico e/ou arqueológico, cada um no seu contexto e pra isso vai o guia junto (melhor se você conseguir pegar um guia muito bom, o nosso não foi lááá aquela beleza). Mas a dica é: se você for a Machu Picchu (e é claro que você vai), faça o City Tour antes. Não deixe pra depois, pois tudo que você ver depois não parecerá tãããão interessante porque Machu Picchu é muito rica nesse sentido. Portanto, organize-se e faça os passeios antes do atrativo principal.

Acordei às 10h40min... a primeira vez em toda viagem que dormimos um montão. Tomei um banho revigorante e fiquei uma nova pessoa, mas com os pés doendo pacas. Fomos até a agência e contratamos o City Tour e o passeio de Maras e Morai.

Por sugestão do dono do hostel (muito simpático por sinal), fomos num restaurante local - para moradores mesmo, bem limpinho mas a comida não foi exatamente o que esperávamos: era um prato que é servido frio (tipow gelado mesmo). Chama escabeche de pollo. Nunca mais vou esquecer esse nome porque nunca mais pretendo pedí-lo. É um prato de legumes cozidos com frango meio cru e tudo muito frio com gosto tipo vinagrete... afffff, não fez meu estilo definitivamente.

Às 14h fomos para o City Tour e nosso guia era bem fraquinho. Todos os atrativos são perto de Cusco, porém como são vários lugares o tempo em cada um é bem pequeno. O tour é meio... voando.

A primeira parada é em Qoricancha - o Templo do Sol, um antigo templo inca onde hoje está a Igreja de Santo Domingo. Qoricancha era o maior templo inca em Cusco e onde eram realizadas celebrações como o Inti Raymi - a Festa do Sol, que era a mais importante celebração daquele povo. Suas paredes são construídas de forma extremamente cuidadosa e com pedras muito simétricas e perfeitamente encaixadas. Um trabalho detalhado. Lá também fica a pedra dos 12 ângulos, uma imensa e única pedra entalhada com exatos 12 ângulos que compõe uma das paredes do local.



Na sequência fomos à Saqsayhuaman, de onde você tem uma vista linda de toda Cusco. Por lá atualmente é realizada a festividade Inti Raymi, por ser uma ruína importante e com um espaço amplo para comportar muitas pessoas. O impressionante desse lugar é o perfeito encaixe das rochas sobrepostas que pesam toneladas. Há também no alto do muro umas pedras que formam certinho uma pata... do puma, animal que faz parte da Trilogia Inca. A trilogia dos incas é composta de três divindades: O Condor que domina os Céus, é a região dos Deuses. O Puma, senhor da Terra em que vivem os homens. E a Serpente, a rainha das regiões inferiores onde estão os mortos. Todos são considerados animais sagrados.


A parada seguinte foi em Q'enqo, onde eu nem posso dizer muita coisa porque acho que foi a visita mais '200 km/h', sei por alto que há formatos e figuras na parte superior e na parte interna há um altar que possivelmente foi utilizado para sacrifícios humanos e rituais.



Depois fomos para Pukapukara, cujo significado é 'forte vermelho' pois suas pedras são avermelhadas. Sinceramente? Nada de mais...



Por último Tambomachay, onde após uns 15 ou 20 minutos de caminhada se chega ao Baño del Inca, uma banheira de pedra por onde até hoje passa água de um canal entre as pedras. Era um espaço utilizado em cerimônias e rituais. 



Na volta à bela cidade de Cusco, aproveitamos a noite para registrar a lindíssima Plaza de Armas, com a Catedral e La Compañía de Jesús. Na praça registrei dois ícones bastante representativos das duas culturas que fizeram a história dessa cidade e ainda hoje estão presentes em cada detalhe... no poste de luz o puma - animal sagrado inca, pertencente à trilogia incaica e ao fundo a cruz, símbolo católico que remete à colonização (ou invasão?) espanhola.


À noite o espírito turístico tomou conta e fomos no restaurante, que eu esqueci o nome, provar pratos típicos. Fui de estrogonofe de alpaca, suco de piña e pisco sour. Já o primo inovou: arriscou o Cuy (o cuy é um porquinho da índia, sim, desses que a gente cria como animal de estimação). O bicho vem inteiro no prato, com cabeça, dentes e tudo mais. Aí vai a dica: para quem é curioso e interessado em 'novidades culinárias' deve experimentar, mas não espere exatamente um prato apetitoso, quase não há carne e o gosto - particularmente achei um tanto quanto 'estranho' (eca). Mas tenta lá...

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