domingo, 24 de outubro de 2010

20º Dia (28/08/10) - Vale Sagrado

Vale Sagrado dos Incas

O circuito do Vale Sagrado compreende a visita a Pisaq, Urubamba, Ollantaytambo e Chinchero. Excelente tour para compreender melhor e se apaixonar ainda mais pela organização e inteligência da cultura inca.

Em Pisaq é feita uma parada na feira de artesanatos para compras e em seguida no Morro Intihuatana onde estão as ruínas arqueológicas. O grande destaque desse passeio é a incrível visão que se tem do vale e as terraças que eram utilizadas para agricultura. Uma caminhada e é possível chegar às ruínas para conhecer bem de perto as antigas construções.

Urubamba possui opções para turismo de aventura porém geralmente é só o ponto de parada para almoço de quem faz o tour do Vale Sagrado.

Já Ollantaytambo é uma obra de arte da cultura inca, com surpeendentes pedras gigantescas muito bem encaixadas. Algumas dessas rochas são encontradas somente a 7km do local, o que demonstra a incrível capacidade de logística e construção dominda pelos incas. Na montanha à frente é possível visualizar um colca que era um local para armazenamento de alimentos. Em função do ponto estratégico que foi construído o colca, mesmo em dias muito quentes, o vento que bate na montanha deixa o lugar fresco, possibilitando uma adequada conservação dos alimentos.

Em Chinchero, a última parada do tour, você pode encontrar diversos artesanatos na comunidade. Há ainda a apresentação de como são feitos os produtos têxteis fabricados por eles, desde a diferença entre as lãs de lhama, alpaca, baby alpaca e vicunha, o processo de formação do fio de lã, o tingimento desse material com produtos (todos) naturais como folhas, insetos, raízes e sementes e o processo de tecelagem propriamente dito. Uma explicação tão didática quanto divertida e interessante. Há também uma igrejinha construída sobre um templo inca.

Acordamos felizes e finalmente descansados após uma bela e reparadora noite de sono. Um merecido café da manhã com omelete trouxe mais disposição. O passeio do Vale Sagrado foi magnífico. Voltei de lá realmente apaixonada pela cultura inca e após ouvir do guia e ver in loco as construções e todo aquele sistema organizado, e percebi o quão evoluídos eram os incas e o quanto de aprendizado devemos tirar dessa viagem.

O início foi em Pisaq e pelo caminho você já consegue ver algumas terraças de plantio. Na parada numa feira de artesanato local não faça como nós que só compramos a legítima touca do Peru (e da Bolívia também), aproveite para comprar boa parte das lembranças que quiser, pois percebemos que os preços por lá são mais baratos do que em Cusco. Na chegada às ruínas há uma vista realmente incrível do vale, com umas terraças de cultivo memoráveis e que me fizeram mergulhar naquela história. Fiquei imaginando como foram construídas, quantas pessoas trabalharam para deixá-las tão bem acabadas num lugar tão íngreme e como seria olhá-las todas cultivadas.


Uma caminhada e chegamos nas ruínas de Pisaq, nosso guia que era excelente fez toda uma explicação no local. Aí vai uma parte da aula de história: as construções de menor importância como os colcas (depósitos de alimentos) e as casas do povo eram feitas com pedras irregulares, colocando argila entre as pedras para firmar a construção. Já os templos eram feitos a partir de pedras regulares, polidas e perfeitamente encaixadas uma na outra, sem qualquer argila entre elas. E nas ruínas você observa claramente isso. Um trabalho primoroso.


Na parada para o almoço em Urubamba fique esperto. Nós tínhamos 1 hora para a refeição mas não quisemos ficar no restaurante que o ônibus parou porque estava muito caro e fomos no do lado. Aí fizemos um almoço maluco: já tinham se passado uns 20 minutos até entrarmos no restaurante, pedimos o menu do dia, ficamos esperando mais de 30 minutos e no final das contas comemos em 5 minutos e saímos correndo pra não atrasar o bus.

Ollantaytambo foi (depois de Machu Picchu, óbvio) o lugar que eu mais gostei de conhecer na região de Cusco. A primeira visão do complexo arqueológico já dá uma cansadinha: você vê uma construção com mais de 200 degraus te esperando para chegar ao templo que nunca foi terminado, mas isso é só um detalhe. Ollantaytambo impressiona: são pedras gigantescas trazidas a mais de 7 quilômetros de distância montanha acima, absoluta e primorosamente encaixadas, não passa um fio de cabelo entre aquelas pedras. Vivenciar essa história é admirar esse povo e comprovar sua incrível capacidade de realização. Um show. Um lugar pra ficar horas e horas explorando e, aliás, esse é o ponto fraco do passeio do Vale Sagrado: o tempo para visitar (principalmente) Ollantaytambo é muito curto. Enquanto estávamos explorando uma pequena parte daquele complexo avistei nosso grupo lá em baixo. Caraca. Tivemos que sair correndo, e lá se foram outros 200 e poucos degraus abaixo numa corrida maluca. Se eu tivesse possibilidade teria voltado lá pra percorrer cada cantinho com calma porque o lugar vale a pena.


A parada seguinte foi na comunidade de Chinchero, onde assistimos a uma bela apresentação sobre os costumes e a tradicional arte de tecer. Fiquei impressionada como são tingidos os fios - tudo utilizando corantes naturais.

 

Por último visitamos à igreja local construída sobre as ruínas incas, dentro da igreja você consegue observar bem isso.


Na volta para Cusco, fotos gravadas em DVD, jantamos lanche e voltamos ao hostal para arrumar tudo para a Trilha Inca. Mochilas prontas: último sono quentinho, quietinho e fofinho...

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