quarta-feira, 2 de março de 2011

6º Dia (30/12/10) – Chalten – Laguna de Los Tres

Às 8h saímos à caça de um desayuno, achamos um muito bom no hostel Rancho Grande (já que nosso hostel não oferece nenhum, nem pagando à parte). Por lá conhecemos o Lorenzo... Owwwwww, pensa num bicho lindo!



O café foi um clássico americano: omelete com bacon. Aproveitamos para pedir nosso lanche-almoço e enquanto isso eu voltei ao hostel buscar minha capa de chuva que havia esquecido, pois o tempo estava meio estranho.

Iniciamos a caminhada animados e preparados psicologicamente para o que viria. A maior parte do trajeto é tranqüila, são 12 Km  no total e só a última parte é onde o bicho pega. A subida é íngreme e bastante cansativa. Algumas paradas breves para descanso e só.





Lhamas pelo caminho...

Ahhh só pra explicar: na foto abaixo a lhama é a da direita tá!


Bananas pras panturrilhas não gritarem... Cansou, mas por outro lado eu não parava de pensar “aqui tenho ar suficiente, consigo respirar normal”, me lembrando da escalada na Bolívia.


Dá uma olhada nesse visu... tá, só tira o ser medonho do meio da paisagem... kkkk


Soooobe...




E chegando no alto da montanha, aos pés do Fitz Roy a paisagem é recompensadora: um belíssimo lago azul Royal: a Laguna de Los Tres com a neve de pano de fundo. Sentamos para apreciar um dos lugares mais lindos que eu já vi.



O que são dois micro-pontinhos pretos na neve? Sim, dois andinistas aproveitando o tempo lindíssimo pra escalar o Fitz Roy.



Fizemos nosso lanche e fomos encontrar a neve.
O boneco de neve evoluiu bastante desde a última viagem: casca de banana e sementes de pêssego fizeram as vezes de boca e olhos. Na sequência ele foi, digamos, desintegrado...





  Como o espírito de criança nunca morre, resolvemos praticar um skibunda por lá... e dá-lhe risada...



Um pouco depois resolvemos descer parte da montanha também de skibunda, até porque isso facilitaria consideravelmente nossa vida e não precisaríamos dar uma volta imensa caminhando pra chegar à beira da laguna. Preparar, apontar, descer... divertidíssimo.
 
A laguna é de um azul espetacular e o contraste com o branco da neve e o marrom da montanha faz o espetáculo ser ainda maior.




Circulamos ao redor da laguna e chegamos até o ‘mirante’ da outra laguna: tão exuberante quanto. Um show, vale muito a pena, fiquei fascinada.







O resumo da ópera: um local de difícil acesso, naturalmente protegido pela pachamama das agressões humanas e de uma beleza pra encher os olhos. Foram 4h de caminhada e subida até a chegada no alto da montanha. Por lá ficamos circulando umas 3h20min. Foram outras 3h20min pra descer tudo. Total de 10h40min de atividades intensas.

Na descida o joelho pediu água e os pés começaram a sentir o esforço do trekking.



Na chegada à Chalten fomos direto pra farmácia comprar algodón y cinta adesiva para pôr nos pés ‘embolhados’.

A janta foi uma pizza (muito boa) no Ahonikenk (puta nome difícil). Todos os garçons que encontramos até agora foram muito simpáticos. Todos mesmo, incrível.

A volta foi fria e dolorida. Resultado do dia: Roni ficou com os pezitos cheios de bolhas... eu não! Sou forte! Hahaha.
Nosso quarto estava uma zona, roupas, malas, sapatos e comida dos recém-chegados vizinhos por todos os lados... bah. Nem o barulho deles me fez ficar acordada. Aliás, poderia ter caído um meteoro do lado da minha cama que eu não acordaria de jeito nenhum...

Um comentário:

  1. Esse foi o melhor dia de todos, rendeu 4 postagens de vídeos, vale cada minuto:
    Parte 1
    http://www.youtube.com/watch?v=znaVkUch7X0

    Parte 2
    http://www.youtube.com/watch?v=DbMQNARTH4Q

    Parte 3
    http://www.youtube.com/watch?v=o2lb5-JQl2Y

    Parte 4
    http://www.youtube.com/watch?v=GdwWww83qAs

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