sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

4º Dia (18/12/11) – Valle del Maipo e Concha y Toro

Hoje o dia foi reservado para conhecer uma das vinícolas mais famosas de Santiago (ou seria do mundo?).
Concha y Toro fica situada no Valle Del Maipo, a cerca de 45 Km de Santiago, uma das principais regiões vinícolas do Chile. A história desta renomada vinícola começa em 1883 quando o chileno Don Melchor Concha y Toro trouxe algumas cepas provenientes da região de Bordeaux na França. A adaptação foi excelente pois o clima local, sol durante o dia, frio à noite e pouca chuva, favorece a produção de uvas de ótima qualidade.

No caminho (lindo e cercado por montanhas) passamos pelo famoso rio Maipo.



Chegando na vinícola, o tour é acompanhado por um guia hablando español, que nos leva até a antiga e linda casa da família, que atualmente só é utilizada para algumas reuniões.






O jardim é encantador e por lá encontramos a flor magnólia que eu nunca tinha visto ao vivo.


Em seguida descemos até os vinhedos, a plantação é realmente impressionante (e olha que só vimos uma parte) e nessa época do ano as uvas ainda estão pequeninas.





Há uma pequena amostra das uvas utilizadas pela vinícola, uma pequena plantação-amostra de cada tipo: Syrah, Carmenere, Chardonnay, Sauvignon Blanc, Merlot, Pinot Noir, Cabernet Sauvignon e por aí vai...



Partimos para a primeira degustação, um maravilhoso Chardonnay.


Na sequência mais uma degustação e entramos nos locais de armazenamento dos barris de carvalho cheinhos de vinhos, o aroma era maravilhoso e a visão das centenas de barris descansando era melhor ainda.









 Finalmente entramos no famosíssimo ‘Casillero Del Diablo’, que por sua vez dá nome a alguns dos vinhos mais conhecidos da vinícola. O lugar é subterrâneo e a temperatura lá embaixo é agradabilíssima. O mais interessante é que ela se mantém naturalmente assim fresquinha por estar há alguns metros abaixo do solo, dispensando a necessidade de ar condicionado.
A lenda que deu origem ao nome Casillero Del Diablo:
O Sr. Melchor após trazer as cepas da França, armazenava os melhores vinhos num lugar especial chamado Casillero. Ao longo do tempo ele percebeu que seus vinhos desapareciam e então para justificar os roubos e afastar definitivamente os ‘ladrões’ que estavam consumindo seus melhores vinhos, criou a lenda de que o Diabo habitava aquela adega. Funcionou. Ninguém mais ousou pisar naquela adega para roubar seus vinhos. E a lenda pegou, transformando o local no Casillero Del Diablo.






Na saída mais uma degustação, dessa vez de Carmenere. Aliás, a história da casta carmenere no Chile é bastante interessante. No século XIX era muito cultivada na Europa, porém foi considerada extinta em função de uma praga que atacava suas folhas e raiz, sendo substituída principalmente pela casta Merlot por ser mais resistente. Em 1994 um francês chamado Jean-Michel Boursiquot a redescobriu no Chile, após notar que algumas cepas de Merlot demoravam a maturar. Incrivelmente essas cepas de Carmenere estavam plantadas misturadas com Merlot, o que provocou uma reviravolta nos cultivos chilenos.
Última degustação feita, ganhamos as taças da Concha y Toro (o que acabou se transformando numa missão conseguir trazê-las inteiras até o Brasil).


 

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