quarta-feira, 1 de setembro de 2010

3º Dia (24/07/10) - Zoo Lujan

O Zoo de Lujan é um lugar absolutamente fora dos padrões de tudo que eu já tinha conhecido como 'zoológico'. A uns 60 km de Buenos Aires, o zoo é um atrativo espetacular. Funcionando desde 1994, ele se define como único e inovador, enfatizando que adota "os quatro princípios e objetivos dos zoológicos modernos: recreación, educación para la conservación, investigación y conservación de las especies". 

Fato é que nessa visita você pode interagir com os animais... se você pensou em araras, cavalos e ovelhas, aumente essa lista. Mas aumente muuuito... O contato é feito com todos os animais. Todos mesmo!

Tigres, elefantes, dromedários e até leões! Sim, você pode dar um beijinho num leão imenso e assustador. Aí vai o relato do dia:

Acordamos cedinho e a van passou para nos buscar no hotel. O guia Alex um figuraça: cabelo dread, gorro jamaica e uma simpatia muito familiar... Adivinha? Era brasileiro!! E ainda por cima de Foz!! Um figuraça... Foi uma festa só...

Passamos em outro hotel pra resgatar outros dois viajantes que também iriam para o zoo: um casal queridíssimo. De onde? Brasil. Local exato? Fortaleza. Ahhh estávamos todos em casa... Os brazucas dominando o passeio (só eramos nós 4), papos pra cá e pra lá e após 1 hora mais ou menos chegamos.

A primeira visão do zoo é de um mundaréu de coisas velhas: tratores, caminhões e outras cositas mais dão as boas vindas aos visitantes. O espaço é um pouco diferente do que eu imaginava: é uma área grande com grama e os viveiros (viveiros? tá, jaulas) dos animais por ali...

Funciona assim: você passa onde quiser e cada lugar tem o tratador com o(s) bichano(s) que te recebe, encaminha e orienta o que pode e não pode fazer. Geralmente há uns 'agradinhos' pros bichos, tipo frutas, folhas ou leitinho. Esse 'leitinho' eu suspeitava seriamente de que fosse algum sonífero ou coisa parecida pros bichos ficarem 'de boa', mas vi com meus próprios olhos os funcionários abrindo o saquinho de leite industrializado e colocando nas garrafinhas, então tá garantido.

A primeira parada foi nos elefantes, um capinzinho pra dar na tromba grandona do bicho...


Uns patinhos por ali e um outro espaço com vários animais... araras, coelhos, porquinhos e uma moça recepcionando da maneira que eu não chamaria exatamente de 'simpática', rs

 
Voltinha no dromedário. Vai uma cenoura aí?


Depois começou a sessão felinos... ahhh que massa, lá você entra nos recintos e o bichano está lá te esperando, às vezes dormindo, outras vezes beem acordado, circulando... Os tratadores sempre estão junto, dizem onde você deve ficar pra passar a mão no bichinho e aproveitar pra tirar fotos. Os primeiros foram os tigres, pensa num bicho bonito... entrei lá e quase pisei em cima de outro que dormia embaixo da mesa onde estava o outro. Melhor ficar esperta, o reflexo de um bicho desse ao ser incomodado não deve ser exatamente interessante.


Estavam lá mimindo, numa preguiça só, mal levantaram a cabeça pra saber o que estava acontecendo. Engraçado que não dá medo de entrar nos recintos, parece tudo tão natural, tão normal, que você entra como se fosse a sala da sua casa.


Logo em seguida fomos pras leoas, tão sonolentas quanto fofas. Essas mal abriram os olhos... roooonc!


Aí veio o rei leão, mas o pequenino... um filhote... igual o Simba. Pensa nisso: você segurando um leão bebê. Aunnnnn. Parecia de pelúcia, uma carinha ingênua, dentinhos pequenos, patas fofinhas, pêlo macio... e pensar que um tempo depois esse pequeno 'ser' vira o grande e ameaçador rei da selva.


E falando nele (o rei da selva) lá fomos nós ao seu encontro. Nesse recinto há uma placa escrito: proibida entrada! Hmmm, ué!?!?! Masssss como nosso guia já havia trabalhado no zoo, conhecia todo mundo e além de tudo era brasileiro (do jeitinho), pediu autorização aos cuidadores e eles liberaram a nossa (só a nossa) entrada. Bolsas e cachecóis deixados do lado de fora (pro bichano não querer 'brincar' com seus acessórios) foi o único lugar que hesitei antes de entrar. Aquele ser enorme sentado numa bancada lá no meio me fez pensar se eu realmente sairia viva de lá... Lá fomos nós e lá veio ele cheirar todo mundo até entender que nosso negócio era só amizade... Lindo! Maravilhoso! Enorme! Patas gigantes! Juba grandona! Putz, muito massa, aí levei um capinzinho (que é uma distração) pra fazer um agrado e dar uma bitoca no bicho. Saí de lá extasiada, onde mais eu poderia dar um beijo num leão vivo? Uhuuuu


Depois chegou a vez do bocão, os leões marinhos estavam fazendo a festa por lá. Vai um pedaço de peixe aí??


Mais uns tigres em outro recinto e então fomos dar uma voltinha de trem... na verdade essa voltinha é medonhamente dispensável a não ser que você tenha um filho de 5 anos, mas como tudo tá valendo, tá valendo. O trem faz um percurso de uns 5 minutos pelos trecos antigos (caminhões, trens e sei lá o que), passa por um recinto de leões que fica um pouco mais afastado e... só.


Fomos ainda na casa do dono do zoo, ah sim, não comentei: o zoo é particular. É de um casal que mora por lá, busca recursos e conta com uma equipe de funcionários pra dar conta de tudo. Pois então, por lá acho que só entra quem estiver por agência ou então entramos porque nosso super-guia já era 'de casa'. No quintal deles tem várias gaiolas com bichos diversos: papagaios, macacos, pavões pelo chão... tinha até um pavão albino, todo branquinho. Do outro lado da casa ficam os ursos. Chegamos e eles já vieram atrás de atenção e fuçando pra saber se tinha comida, claro. O gordo (o da primeira foto) era de fato, um gordo. Frutinhas pra alegria deles e nossa também. Foi, foi e até frutinha de uma boca pra outra teve... rsrs


Do outro dado da cerca uns bambis caminhavam tranquiiiiilos e não pude deixar de registrar essas coisas que colocam na nossa cabeça... hhahaha


Ufa, depois desse tour todo o passeio acabou, então fomos até a casa das fotografias (havia uma fotógrafa nos acompanhando em boa parte do percurso), encontramos nossas fotos e poderíamos ficar com elas ou não. Mas como havia uma promoção relativamente tentadora e eu poderia dividir as fotos e o custo com a Ana, resolvemos ficar com elas. Era o seguinte: todas as fotos gravadas num CD e mais 6 fotos reveladas por 100 pesos (cerca de R$ 50). Enquanto eles preparavam tudo fomos até o restaurante matar a lombriga... a refeição é muito boa e já estava incluída no passeio (bebidas e sobremesa à parte), vale a pena. Almoçamos tranquilamente até que nosso querido guia chamou pra irmos até a catedral na cidade de Lujan. Na van fomos até a catedral que lembra (apesar de eu não conhecer - ainda -, rsrs) a Catedral de Notre Dame.
Descemos e fomos até lá fazendo umas gracinhas... Nessas alturas a bateria da câmera dos nossos amigos cearenses já tinha ido pro espaço e então tiramos umas com nossa câmera emprestada da minha irmã. A catedral realmente é muito bonita, imponente... Ficamos por lá mais um tempinho e voltamos felizes e satisfeitos pra Buenos.


Quer uma dica?? A não ser que você realmente esteja no limite da grana, contrate uma agência. E digo mais: contrate nosso amigo Alex que foi nosso guia, deixo até o contato aí em Buenos Aires: (0237) 4860 470 e o nextel 54*555*3934 (você também o encontra no orkut na comunidade Zoo de Lujan - ele tá com o nome de 'Kanibal', rs). Além da comodidade da agência te pegar e deixar na frente do hotel/hostel/oquefor, você tem acesso a lugares que talvez não teria se estivesse indo sozinho, como o recinto dos leões, que foi o lugar mais emocionante de entrar. Na nossa saída tinha um monte de gente parada do lado de fora esperando para entrar, mas não puderam porque lembra da placa "proibida entrada"? Pois então, são situações como essa que fazem a diferença, além de você ter o Alex explicando tudinho sobre aquele espaço... Eu realmente recomendo e não me arrependo um fio de cabelo sequer em ter contratado a agência. Abaixo uma homenagem ao querido Alex... Valeu!!!


Voltamos ao hotel, descansamos um pouquinho e já agilizamos com os recifenses qual seria a pedida da noite... Todos arrumadinhos...


Lá fomos nós ao The Kilkenny Irish Pub & Restaurant onde fizemos novos amigos (basicamente os das fotos abaixo, rs), comemos um super sanduíche pois estávamos famintos e aproveitamos uma gelada Stella Artois. O ambiente é bem bacana, banda tocando e tals, só o banheiro estava impossível... tipow entupido, argh.


Depois (já que as baladas na Argentina começam tarde - inclusive por experiência aqui em Puerto Iguazu), fomos ao Asia de Cuba que fica em Puerto Madero, filinha básica pra entrar e imagine um lugar cheio, mas muito cheio, mas super-mega-power cheio... caraaaca. Eu que tinha ido de sobretudo (odeio passar frio) fiquei com aquele treco imenso na mão, pois lá dentro estava super calor e, óbvio, não havia mais lugar no guarda-volumes. Mas logo nos encostamos numa bancada e aí todos os casacos voaram pra lá.


Acho que o Asia é o típico lugar onde você encontra todos os brasileiros baladeiros que estão em Buenos Aires, hahaha. Praticamente só se ouvia português lá dentro. E tocou várias músicas brasileiras... quase todas super velhacas, mas tá valendo. Na entrada nosso ingresso dava direito a uma bebida (entre cerveja, champagne, amarula e outros drinks que não lembro), então tratamos de descolar a nossa rapidinho... e dá-lhe Chandon!


Festa vai e festa vem... curtimos muito... Então chegou a hora de partir, pois bem, saimos à caça de um taxi. Taí um belo problema: os taxis! No frio daquele lugar, àquela hora, meio bebuns e cansados... pegar um taxi foi uma tormenta... eles não queriam saber de parar não. Ou já estavam cheios (tudo bem, claro) ou se negavam a levar 4 pessoas!!!! É isso mesmo, simplesmente não queriam levar 4 pessoas no taxi. Faz as contas: o carro tem lugar pra 5, certo? Menos 1 lugar que é do taxista, sobram quantos lugares? 5-1=3. É, pros taxistas de Buenos Aires sobram só 3 lugares. Imagina só!

Sei que uma parte da galera conseguiu um e nós ficamos lá, largados à própria sorte. Pedimos, acenamos, pulamos no meio da rua e... nada. Muito tempo depois, sabe quem aparece? O mesmo taxista que tinha levado a outra parte da galera pro hotel. Ele sim, gente bueníssima, nos levou e no caminho começa a tocar 'Morena Tropicana' de Alceu Valença... Caraaaca, fomos ao delírio, gritos, risos e nossa goela estremeceu cantando o mais alto possível... hahaha. O cara tinha um cd só com músicas brasileiras. Chegamos ao hotel cantando e dançando, felizes da vida!
Pós-festa, dá-lhe cama...

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