Com os olhos esbugalhados às 4h da manhã por falta de sono, li
livros, assisti TV e sim, tentei dormir, mas não teve jeito. Essa história de
Jet Lag pegou.
Destino do dia: Kokusai-dori, a International
Street, é o umbigo do comércio da cidade e fica no centro de Naha. A rua é
repleta de restaurantes e lojas vendendo de tudo, desde artesanato local até os
produtos made in China. Nosso hotel era perto e fomos a pé, muitas cores e
sabores, diversão garantida.Também nessa rua fica a Heiwa-dori, o Mercado Municipal. Esse tipo de lugar é imperdível em viagens. Por quê? Porque lá você vai encontrar um retrato da cidade, seus hábitos, sua cultura, seu estilo... é sempre uma riqueza visitar mercados municipais e esse não foi diferente. Segundo informações, ele foi iniciado pelas viúvas que perderam seus maridos na Batalha de Okinawa.
É alegre, colorido, cheio de aromas, pessoas e tantas bugigangas, que encanta. Lá você encontra bebidas, peixes frescos, comidas prontas, roupas, utensílios, lembrancinhas, itens de decoração, bijouterias, bolsas de sapo... Bolsas de sapo? Pois é...
Fomos adentrando e à medida que a entrada ficava para trás e já não era possível visualizá-la, o mercado também mudava um pouco seu perfil. Lá pra dentro (onde muitos turistas nem chegam) o mercado ganha ares de lugar do povo e não mais de lugar de turista. Há várias lojas de roupas usadas, antiquários e outras tantas com preços bem mais convidativos.
E por lá que compramos algumas cositas de
lembrança. E aí olha só com o que dou de cara do outro lado do mundo...
Sim,
rochas de quartzo, justamente a que temos aqui na região onde moro, rsrsrs.
E o
resto do dia foi dedicado a passear tranquilamente pelas ruas e lojas,
apreciando a riqueza do comércio e aprendendo sobre curiosas riquezas culturais
como o licor de cobra... Licor de cobra? Pois é... segundo alguns relatos que
li, para produzir o licor a cobra (Habu, cobra venenosa local) é colocada viva
dentro da garrafa com álcool :o. Se ainda assim você estiver a fim de comprar, prepare
o bolso, a iguaria é bem cara.
Árvores cuidadinhas e fomos almoçar num restaurante próximo, me
esbaldei.
A noite foi reservada para um clássico jantar
japonês: você entra sem os sapatos, as mesas são baixinhas e todos sentam no
chão em cima de uma pequena esteira. Quer mais? Música e dança okinawana ao
vivo. Pra ficar na memória...
Já que Okinawa é quase tão tropical quanto o Brasil (se vê bananeiras
em muitos lugares) comprei uma banana pro lanchinho. Só uma? É, lá não tinha a
opção “penca de banana”. É uma. E só. E embrulhada como presente de Natal,
rsrs. Não era tão saborosa quanto as nossas, mas a gente dá um desconto né,
afinal era uma banana do Japão.
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