Pulamos da cama pra devorar o café da manhã, ao chegar no Buffet
me deparei com o café mais gordo de todos os tempos. Eu teria uns 300 Kg se
tomasse um café daquele todos os dias: lingüiça, bacon, ovos fritos, omeletes e
outras frituras, além de feijão e croissants. Só de olhar meu estômago pediu
socorro. Frutas? Humm, 2 tipos de melão e grapefruit (eca, é amarga, não faz
meu estilo). Fui de 2 tigelas de cereal com banana seca e uva passa.
Enquanto nossos companheiros se arrumavam, fomos conhecer a St.
Mary Abbots Church (sim, a mesma de ontem, mas dessa vez por dentro), igreja centenária
que era frequentada por algumas figuras ilustres como, por exemplo, Isaac
Newton. O prédio principal ficou pronto em 1872 e outros 7 anos e meio foram
necessários para a conclusão das obras. Até o início do século XIX ela era a única
igreja de Kensington (bairro de Londres).
O padre fazia a celebração e ficamos ouvindo um pouquinho, bacana.
Na saída, as marcas do tempo... árvore e cerca centenárias contando um pouco dessa história.
Pegamos
um bus (o clássico ônibus vermelho de Londres) e para nossa sorte conseguimos
um daqueles modelos bem antigos. Destino: Palácio de Buckingham. Atravessamos a
praça habitada pelo esquilo curioso e chegamos ao famoso Buckingham Palace, a
Casa da Rainha.
Por
trás das grades douradas era possível ver alguns guardas reais e uma multidão
aguardava a esperada Troca da Guarda. Sim, é um evento. Sim, você só enxerga a
troca da guarda se estiver grudado nos portões. Não, nós não estávamos lá. De
qualquer maneira foi possível ver os guardas desfilando, a banda tocando e deu
pra ouvir os gritos durante a troca da guarda. Ver? Humm, com alguma imaginação
foi possível ver uns pedacinhos.
O
Memorial da Rainha (Victoria Memorial)
que fica bem em frente ao palácio foi nossa arquibancada para assistir a tudo.
O belo monumento (à direita na foto) foi feito com 2.300 toneladas de mármore branco em 1911 e
concluído em 1924 com a colocação da estátua em bronze. Os guardas que
organizavam o povo todo eram muito simpáticos e pacientes com os espertinhos
que resolviam subir nos monumentos (o clássico “jeitinho”) para ver melhor.
Quando
tudo havia acabado descobri que os guardas passam na avenida em frente ao
Palácio logo na sequência, ou seja, uns 10 minutos depois eles passaram bem do
nosso lado... foto, foto, foto!
Caminhamos
ao lado do St. Jame’s Park até o Horse Guards Parade – local onde ocorrem
várias cerimônias militares ao longo do ano, inclusive o Trooping the Colour, que marca o aniversário da rainha. Foto no Guards Memorial, construído a partir de
armas tomadas dos alemães durante a 1ª Guerra Mundial.
Por ali também ficam alguns guardas reais...
E
finalmente chegamos ao Big Ben. Ao contrário do que muitos pensam o Big Bem não
é o relógio gigante, nem a torre que o sustenta, é o sino que pesa mais de 13
toneladas e está dentro dessa torre. Algumas curiosidades sobre o famoso
monumento: cada relógio (são 4, um em cada lado da torre) mede 7 metros de
diâmetro; o ponteiro dos minutos possui 4,2 metros e cerca de 100 Kg; os
números têm aproximadamente 60 centímetros cada. É realmente muito lindo,
fiquei encantada.
Logo
ali ao lado está a abadia de Westminster, passamos pra dar uma espiadinha por
fora. No dia seguinte fizemos a visita interna, portanto dou mais detalhes
amanhã. E o Parlamento também fica ali do lado...
Não,
eu não teria ido à Londres se não tirasse uma foto ao lado da super clássica
cabine telefônica vermelha. Aliás, toda Londres respira esse ar tradicional,
essas coisas de família real, é tudo muito envolvente, nos remete a um passado
que ainda sobrevive por lá.
A
London Eye já pôde ser avistada há quilômetros, mas do Big Ben a visão é
panorâmica. Em funcionamento desde 31 de dezembro de 1999, a roda-gigante é
realmente uma gigante, não chegamos a fazer o passeio por falta de tempo, mas é
uma boa opção para quem quer ver toda Londres. Optamos pelo passeio de barco no
rio Tâmisa (Thames River),
aproximadamente 1 hora percorrendo as belas pontes e prédios com explicações do
guia que falava um inglês estilo the
flash, se esquecendo dos turistas que não estão suuuper habituados a ouvir
seu idioma, nesse caso, meu caso.
Na
sequência taxi até o British Museum,
o Museu Britânico. Com entrada gratuita (oba), é uma visita imperdível.
Acredite, seriam necessários vários dias pra apreciar toda a riqueza desse
museu. Objetos de todos os lugares do mundo compõem suas coleções, incluindo
frisos do Partenon de Athenas e a Pedra de Roseta. Relembrar é viver: a Pedra
de Roseta é um bloco de granito negro que apresenta estranhos glifos
cunhados separados em três partes distintas. Cada parte possui uma espécie de
escrita, são elas: hieróglifos, demótico egípcio e grego. Hieróglifos são
escritos egípcios antigos de difícil tradução e demótico é uma versão mais
simples, popular dos hieróglifos. Estudiosos utilizaram
o grego e o demótico, para traduzir os hieróglifos contidos na Pedra de Roseta,
revelando assim, mais de 1.400 anos de segredos do antigo Egito. E sabe o que
mais tinha lá? Um moai!! Sim, daqueles da Ilha de Páscoa. Eu já abracei um em
Viña Del Mar no Chile, mas pelo menos a história era de lá, mas... em Londres?
Pois é. Pedaços do mundo inteiro estão lá.
Na
volta o cartão da nossa companheira foi engolido pelo caixa eletrônico.
Possivelmente 3 senhas incorretas fizeram a máquina jantar o cartão. Bom, faz
parte da viagem pra ter história pra contar depois. Ainda fomos até a Piccadilly Circus, famosa praça de
Londres onde se cruzam avenidas importantes e também concentram grandes
outdoors luminosos, meio ao estilo Times Square. Mas já estava tarde e fomos
jantar no Café Concerto, próximo do hotel, uma delícia, aliás. Dia agitado,
noite congelante, sonooo...
Ps. pra você que busca o tópico "Japão" e não está entendendo nada o que os relatos de Londres e Milão fazem aqui, eu explico: a viagem foi uma só, por isso deixei todos os diários no mesmo tópico. Procure na sequência dos diários de viagem que o dia-a-dia no Japão está lá pra você.
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