Coração religioso e símbolo da cidade, Duomo está situada bem no centro de Milão, e tem como vizinha a Galleria Vittorio Emanuele II, outro lugar encantador que descrevo logo mais.
Os milaneses não pouparam esforços: fizeram uma obra realmente excepcional.
Construída em mármore seguindo o estilo gótico, as dimensões são de cair o queixo:
158m de comprimento, 93m de largura e mais de 11.000m2 de área. Quer
mais? A catedral tem capacidade para 40 mil pessoas.
Entramos e fiquei babando por alguns minutos. É tão impressionante
que os olhos se perdem... Estrutura gigante...
Vitrais maravilhosos...
Piso de mármore em diferentes tonalidades, belas formas...
Órgão imenso...
Enfim, é para passar um bom tempo apreciando o interior da
catedral. Valor da entrada? Niente. Grátis
(pra nossa alegria) após vistoria dos guardas, claro.
Mas reserve um tempinho para visitar a parte
superior. Pagamos 10 euros e um elevador nos levou até o “telhado” da catedral.
Você também pode pagar 6 euros e encarar as escadas, mas pare e reflita com os
seus botões, pois as escadarias devem ser de matar. É possível percorrer toda a
extensão da igreja lado a lado com as estátuas que decoram cada uma das 135
torres de Duomo.
Além
do mais é possível avistar um pouco mais de perto (ou seria ‘menos longe’?) a
estátua conhecida como Madonnina, a Madonna de Milão. Encontramos boa parte
dessa estrutura superior em reforma. Reformas, aliás, são uma constante em
Duomo. O maior edifício gótico italiano parece ter uma construção sem fim: restaurações,
limpezas, decorações, melhorias do acesso e reconstruções têm acompanhado a
catedral nas últimas décadas, afinal construções seculares exigem um eficaz
programa de conservação e manutenção. Portanto, andaimes e áreas inacessíveis
podem ser seus companheiros de visita, mas é por uma boa causa.
Muito bem, pós Duomo, fomos à Galleria Vittorio Emanuelle II, ao
lado da catedral.
Construída entre os anos de 1865 e 1878 em
formato de cruz, a galeria conta com uma cúpula de 39m de diâmetro e 47m de
altura além dos braços laterais, onde foram utilizados ferro e vidro na sua
estrutura. O bolonhês Giuseppe Mengoni foi o arquiteto responsável pela obra. O
piso é formado por mosaicos com brasões e bem ao centro da galeria forma-se um
octógono pelo cruzamento das “ruas”. Bem, estamos em Milão, a capital da moda,
portanto a galeria não poderia ficar de fora, lá você encontrará algumas lojas
de alto nível como Prada, Louis Vuitton e Gucci. Até o McDonald’s adaptou sua
fachada pra “harmonizar” com a Galeria (já vi algo exatamente assim em Cusco,
Peru).
Uma bela e legítima massa italiana em um dos restaurantes da
Galeria (perdão, não anotei o nome), foi nosso almoço. A massa é incrivelmente
saborosa e o molho é o menos importante nessa história.
A seguir, praça Scala bem em frente ao também famoso e centenário
teatro Scala.
E o dia seguiu com algumas comprinhas (porque ninguém é de ferro
e, sim, é possível encontrar roupas ótimas com preços bem convidativos, outlets
com até 70% de desconto). Cada esquina é uma loja de luxo, um prato cheio aos
que amam moda, compras e afins.
Pós comprinhas, passeio pelas ruas estreitas e
cheias de motos de Milão. E horas na Galeria de Artes de Brera (Pinacoteca de
Brera) junto à Academia de Belas Artes de Brera, construída em 1776. Vale a
pena a visita, mas separe um bom tempo para apreciar com calma, pois são quase
40 salas de exposição. Entre as obras estão Rembrandt e Picasso.
Você deve estar se perguntando: mas e a Última Ceia de Da Vinci?
Pois é, não deu. Se você está planejando ir à Milão reserve o mais rápido
possível seu ingresso para visitá-lo no Convento de Santa Maria das Graças (Santa Maria delle Grazie), pois são
necessários alguns meses de antecedência para garantir sua entrada, a visita é
concorridíssima. Link para os ingressos:
Outra opção (só soube quando voltei ao Brasil) é ir até lá na cara
de pau mesmo e esperar, às vezes alguém não aparece e você pode entrar no lugar
desse cidadão... loteria né, mas é uma opção.
Para janta outra maravilhosa massa (eles são
realmente fantásticos nisso) e profiterolis de sobremesa.
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Ps. pra você que busca o tópico "Japão" e não está entendendo nada o que os relatos de Londres e Milão fazem aqui, eu explico: a viagem foi uma só, por isso deixei todos os diários no mesmo tópico. Procure na sequência dos diários de viagem que o dia-a-dia no Japão está lá pra você.
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