quinta-feira, 12 de julho de 2012

12º Dia (29/02/12) – Osaka – Castelo de Osaka


Para compensar o quarto “má o meno” do hotel, o café da manhã estava dos deuses: variedade e sabor.
Pança cheia, fomos de trem até o Castelo de Osaka, grande e belíssimo símbolo de Osaka. O castelo tem mais de 400 anos de história e sua construção teve início em 1583 pelo senhor da guerra que nasceu filho de um humilde lavrador: Hideyoshi Toyotomi. Poucos no mundo devem ter uma história de ascensão tão incrível como essa e menos ainda devem ter deixado um monumento tão importante quanto esse. Sua ideia de construção era a de o castelo se tornar o centro de um novo Japão, unificado sob seu governo. 60.000 trabalhadores se dedicaram à construção do imponente castelo, que permitia ao seu senhor ostentar toda sua riqueza. Pedras de toda região foram transportadas por mais de mil navios e adornos em prata, ouro e tesouros valiosíssimos decoravam o local.


Por 15 anos até a morte de Hideyoshi o castelo continuou prosperando, bem como toda a região. Dois anos após a morte de Hideyoshi em uma das grandes batalhas que ameaçou dividir o país ao meio, suas forças foram derrotadas por Ieyasu Tokugawa. Em 1615 as tropas vencedoras atacaram e destruíram o Castelo de Osaka.
Posteriormente reconstruído a ordem era de que suas paredes deveriam ser duas vezes mais altas e seus fossos duas vezes mais profundos. Mas a saga do castelo não havia terminado. Em 1660 um raio destruiu o armazém de explosivos, levando grande parte do castelo às ruínas. Cinco anos após, outro raio destruiu a torre principal que ardeu em chamas. Pouco mais de cem anos depois outro raio atingiu o castelo... Já sem seu esplendor, muitos anos depois a população de Osaka organizou-se para reconstruir o castelo, ficando totalmente pronto em 7 de novembro de 1931 e tornando-se um definitivo Monumento Histórico. Então a saga terminou, certo? Não, ainda não...
Durante a Segunda Guerra Mundial parte da torre foi atingida e em 1950 foi atingido por um tufão que varreu a região. Em 1995 um imenso projeto de reconstrução de seu aspecto original foi realizado, o que exigiu grande esforço, tecnologia e determinação, só para termos ideia, 50.000 telhas de cobre foram removidas, reparadas e limpas antes de serem novamente fixadas. Luminárias, paredes, ornamentos folhados a ouro, tudo foi recuperado tal qual o antigo castelo. E agora ele está lá, deslumbrante, brilhante!


As áreas próximas ao castelo são igualmente belas e veja o detalhe numa simples barra protetora numa calçada... mimos que fazem a diferença.





Logo estávamos passando pela muralha do castelo com seu fosso logo abaixo. São 12 Km de um muro de pedras minuciosamente encaixadas que me lembraram as construções de Ollantaytambo no Peru.



Sakuramon Gate – portão principal do Castelo de Osaka. O nome Sakuramon ou Cherry Gate (Portão da Cerejeira) deve-se a uma linha de cerejeiras plantadas próximas a esse portão.
As imensas rochas de ambos lados do portão são conhecidas como Ryukoishi, que significam pedras do dragão e do tigre. Segundo a lenda num dia de chuva uma imagem de um dragão e outra de um tigre apareceram nas pedras nos lados direito e esquerdo, respectivamente.


Logo na entrada principal você se depara com um muro de pedras e bem na frente uma rocha gigantesca protege o interior da área do castelo. Essa rocha é conhecida como Takoishi, a maior rocha do Castelo de Osaka com 59,43 m2 de área e peso estimado de 108 toneladas.


Caminhando alguns metros já é possível avistar a suntuosa construção.
Mas antes um reflexo prateado chamou a atenção. Era a Cápsula do Tempo. Em 15 de março de 1971 em comemoração a Expo’70, cujo tema era Progresso e Harmonia para a Humanidade duas cápsulas idênticas foram enterradas 15 metros abaixo deste monumento. Segue explicação “2098 bens culturais do século 20 foram selecionados com a cooperação da população japonesa e mundial e estão armazenados neste container metálico especial de última tecnologia. Com a esperança de que a paz mundial e a prosperidade nunca terminem, nós legamos essas duas cápsulas às pessoas que viverão daqui a 5000 anos. Fica desde já definido que a cápsula superior seja aberta no início de cada século e que a inferior permaneça lacrada até o ano de 6970”.  O monumento pesa mais de 2 toneladas e é uma ideia bastante interessante, fico imaginando como será nosso mundo nesse tempo. Se é que ele ainda existirá...


E finalmente o tão esperado Castelo de Osaka! Realmente muito bonito, uma aproximada na foto e pode-se ver os ricos detalhes folhados a ouro. O castelo pode ser visitado internamento pagando-se uma taxa de visita, apenas um dos andares não estava acessível por estar em reforma. Confesso que foi meio decepcionante, pois a parte interna não remonta ao original do castelo. É, na verdade, um museu, um passeio histórico, esse sim, interessante do ponto de vista informativo. Organizaram explicações interativas com hologramas, sons e outros vídeos. Mas a visão do último andar é muito linda. Vê-se boa parte de toda a região.





Ainda há em exposição uma réplica em tamanho real das imagens do tigre e peixe que estão na parte superior do castelo. Um jardim japonês encerrou nossa visita.


Pós-castelo resolvemos arriscar umas compras no Mitsui OutletPark. Humm... de verdade? Não valeu. Até comprei uma blusa, mas não era um preço de outlet e realmente mais perdemos do que ganhamos nessa tentativa. Mas é assim, faz parte do jogo. 


Já era final da tarde e apressamos o passo para chegar a tempo de visitar o Osaka Aquarium Kaiyukan, um aquário incrível que recria vários ambientes do Oceano Pacífico e possui um tanque de 620 m2 onde nadava um ainda mais incrível tubarão-baleia. Dica: chegue bem mais cedo do que nós, pois já era noite e ficou difícil enxergar alguns animais (expostos à luz externa) e mais difícil ainda tirar fotos.


 Mas o passeio foi incrível, valeu cada centavo dos 2.000 ienes pagos. Peixes de todas as cores, formatos e tamanhos encantavam os olhos. Lulas, tartarugas, caranguejos, polvos, pingüins, lontras... ufa!








Mas não adianta, o gigantesco tubalão-baleia se destacava no cenário.



As águas-vivas encerram a visita com sua dança charmosa.



Decidimos comer nosso almoço-janta. Eu queria algo mais familiar e achei um Subway. Maravilha, pensei. Fui de frango teriyaki pra garantir. Quando o sanduíche ficou pronto tratei de abocanhar um baita pedaço. Mas eis que tinha algo muito mole ali... ? Mole? Olhei para o sanduíche e descobri: pele de frango. Putz. Não sou enjoada pra comida, mas pele de frango? Abri o sanduíche e descobri que o frango teriyaki era a própria pele de frango. Humpf. Tirei tudo e comi só o pão. E voltamos pra um merecido descanso.





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